sábado, 23 de fevereiro de 2008

16 - Chocrível



O caminho até o Reino de Contagem não é dos mais fáceis. O trajeto é propositalmente complicado para dificultar a chegada de forasteiros, bandidos e revendedoras da Avon. Mas a sorte estava com Vlad. O último sujeito com a missão de matar o Rei, havia deixado uma linha verde guiando todo o percurso, e lá foram eles.

O Reino Industrial de Contagem das Abóboras é um lugar muito estranho. Pela origem baiana do Rei, o pessoal só trabalha depois do almoço. A semana também é um pouco diferente, tendo 8 dias. Depois de Sábado e Domingo, vem Amanhã.

Vlad e o motorista, profundamente azul, desceram do carro bem longe do portão de entrada. Muros altos cercam todo o Reino e a única forma de chegar lá dentro é inevitavelmente pela porta da frente.

_ Ô zin, como cê vai entrar na bagaça aí? - perguntou o motorista malemolente.
_ Tenho o esquema todo pronto. O Druida me passou as coordenadas .

Vlad então seguiu rumo ao portão, determinado. À medida que andava a cueca entrava no rego de forma estupradora, mas ele precisava se controlar. Entoava mantras e pensava no bigodinho de Hitler de Natasha. A única mão que tinha pra desatolar a danada já estava sendo usada pra carregar a maleta. Ele então foi esgueirando-se pelo muro até alcançar a entrada. Sacou sua pistola de Master System e rendeu os guardas. Amarrou os dois com um laço vermelho bem bonito e adentrou aquele mundão.

O lugar era abóbora pura, vastos campos cobertos de laranja (a cor), camponeses colhendo e professoras de matemática aposentadas contando, cuidadosamente. Vlad caminhou pelo jardim sem ser percebido. Seguiu uma sinalização que dizia: aposentos da princesa e foi pra lá que ele rumou.

_ Agora eu capturo a moça, faço o pai se entregar para salvar a vida dela e pronto. - disse baixinho, olhando pra câmera.

Os corredores do castelo eram enormes e cheios de portas, todas devidamente sinalizadas e numeradas. Vlad então foi procurando o quarto da princesa. Passou pela lavanderia, pelo crematório, pelo quarto do Ulisses Guimarães, área 51 e afim, dormitório da realeza. A porta do quarto dela era um pouco diferente das outras. Tinha um sol colorido desenhado bem grande e uma cruz de madeira velha. Sem perder tempo, girou a maçaneta bem rápido e entrou.

_ Cruzes! Quem é você? - perguntou a moça, totalmente semi nua.

Vladmir quase teve um troço. A imagem da princesa lembrava claramente Natasha Maria. Olhou de relance e achou que era cacheado o cabelo da dita cuja. Mas não era. Era longo, liso e tão preto que fazia o motorista parecer a Nicole Kidman.

_ Eu sou seu pior pesadelo. - disse Vlad, já treinando ser mau.
_ Você nao pode entrar no meu quarto desse jeito. Eu sou Mara Maravilha, a princesa de Jesus.
_ Quê? Você não é a filha do Nei? (era assim que chamavam o Newton I)
_ Ai Cristo. Não, claro que não. Eu moro aqui de favor. Desde que eu doei meu dinheiro todo pra Igreja Deus é Phoder, vivo aqui.
_Ah, então a senhora me desculpe. Entrei no quarto errado. Será que você pode me dizer onde fica o quarto da filha do homem?
_ Fica depois da Golden Gate, é só seguir reto.

Vlad entao foi saindo sem se despedir, quando sentiu uma dor latejante na nuca.

Frase do próximo capítulo: "A nave do planeta Klingon chegou bem na hora"

2 comentários:

Unknown disse...

Uhu!! Agora vcs estão atualizando sempre!!! tá uma beleza!! Bjs! Mi :)

Pinho disse...

Acho que essa dor na nuca só pode ser um mininoma que se desenvolveu pelo fato de Vlad não estar se masturbando. Com isso o esperma sobe pra cabeça e a patologia se instala, desde que o paciente tenha como ascendente o signo de virgem.