terça-feira, 15 de janeiro de 2008

12 - FuDeuses



_Acorde senhor Vlad! A nomeação já será feita.

_E pelo poder a mim designado pelo cônsul Lucius Augustos, passo o controle do Estado a Vladmillus, para que seja retomada a ordem, a segurança e a limpeza das saunas. – disse Claudius Heinrichs, do alto do palanque.

A moça bonita o amparava pelo braço. O desmaio deu o maior barato e aquele mármore todo refletia a luz bem no meio da cara. Um senhor enrolado num lençol cumprimentou de longe, enquanto os que estavam perto lhe abraçavam com intimidade demais.

Estamos em Roma, 26 anos antes da primeira fecundação divina realizada no deserto. Vladmillus fora nomeado Ditador Temporário. - Nessa época o pessoal fazia assim: A república corria solta, até dar tudo errado e eles nomearem um ditador pra consertar a merda. - Nesse caso, o ditador era Vlad.

_ Mas eu não sei o que eu tenho que fazer. – murmurou deserperado para a sacretária.

_Não precisa fazer nada. Você só tem que ficar sentado na sua mesa assinando tudo que te trouxerem. Ah, também é bom falar bem grosso e pegar uns rapazes em público. Sabe como é, a sociedade discrimina muito os heterosexuais hoje em dia.

A secretária de Vlad era realmente muito prestativa. Sabia que ele estava meio deslocado e fazia de tudo pra ajudar.

_Aqui está seu almoço, senhor.

_ Putz, num dá pra trocar por um Foie Gras com molho de trufa?

_Mas eu mandei dona Sinhá fazer com tanto cuidado.

_É que bisteca com tutu sempre me pareceu uma refeição meio comunista. Acho que agora não seria o momento.

A moça começou um choro compulsivo. As lágrimas caiam sob suas panas brancas e deixavam tudo transparente. Vlad, se animando, tentou uma aproximação.

_ Qual seu nome, princesa?

_ Na..Na... Natasha – disse ela entre soluços e chupadas de nariz.

_ Que nome encantador .

Vlad deixou sua mão boba correr pela roupa de Natasha. Foi subindo com o indicador pelo braço e chegando perigosamente perto do mamilo esquerdo. Antes mesmo do primeiro contato, uma dor forte lhe tomou o corpo. Parecia que lhe arrancavam a mão com uma britadeira.

_ Ele está acordando da anestesia! Mete morfina nele.

Frase do próximo capítulo: “ Eu avisei pra ele que tinha uma melecona enorme no nariz.”

2 comentários:

Pinho disse...

Acho pouco provável a morfina fazer efeito estando nosso herói com uma meleca no nariz. Esse tipo de muco endurecido faz com que o sistema fique tão nervoso que começa a operar em stand by. Acho que ele precisa de um analgésico natural à base de cotovelo de lesma bilingue.

Unknown disse...

Bom, como eu sempre digo: _ ...! Ou seja, no momento que vivemos, esse tipo de "literatura" nos ensina muito sobre a vida. Obrigada! Beijos e saudades! Michele Micheleti